Rio de Janeiro, 18/11/2014 Dois projetos estratgicos de Defesa Nacional – os sistemas de vigilncia terrestre e martimo – tiveram destaque no segundo dia de atividades do 6 Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS bloco trilateral formado por ndia, Brasil e frica do Sul.
Durante a apresentao que detalhou como ser o funcionamento desses sistemas, foi destacada a possibilidade de cooperao com os dois pases estrangeiros, que demonstraram interesse em se tornarem parceiros das indstrias brasileiras na execuo dos projetos.
Na apresentao sobre o Sistema de Gerenciamento da Amaznia (Sisgaaz), o comandante Marcus Vincius da Silva (foto acima), da Diretoria de Gesto de Programas Estratgicos da Marinha, explicou que o projeto tem como misso monitorar e integrar todas as regies do pas. O acompanhamento ser feito a partir da deteco de sinais eletromagnticos no oceano, costa e reas ribeirinhas.
Em concepo desde 2011, o sistema atualmente est em fase de contratao at 2016. As companhias interessadas em participar da concorrncia j se candidataram em maro deste ano. No ano que vem, sero recebidas as propostas para selecionar o contrato em 2016. Todas as fases beneficiaram a participao de empresas estratgicas de defesa, j que esta foi uma determinao do edital.
O comandante destacou, no entanto, que o Sisgaaz est aberto para a cooperao com ndia e frica do Sul, e lembrou que a Associao Brasileira das Indstrias de Materiais de Defesa e Segurana (ABIMDE) pode auxiliar os pases interessados com informaes adicionais.
Existe uma associao de defesa no Brasil que a ABIMDE. Essa organizao tem os contatos para que qualquer empresa do mundo obtenha informaes de como ser parceira nos programas brasileiros, disse.
Os representantes da delegao indiana afirmaram que este tipo de contrato um desafio para eles. A comitiva manifestou interesse em conhecer melhor as responsabilidades e regras do certame.
Sisfron
A exposio sobre o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) ficou a cargo do major Jos Luis, do Centro de Guerra Eletrnica do Exrcito. De acordo com ele, o Sisfron surgiu da necessidade de fortalecer a capacidade de ao da Fora Terrestre na faixa de fronteira. Ele explicou que, ao todo, so 16,8 mil quilmetros de faixa de fronteira que passaro a contar com monitoramento feito a partir de equipamentos com tecnologia de ponta, que daro apoio s aes das foras policiais no combate a ilcitos. O objetivo do sistema no fechar a fronteira, mas limitar o excesso que existe, falou.
A tecnologia funciona por meio de sensores que captam informaes at o mais alto nvel de controle. Esses dados chegam at Braslia (DF), no Centro de Operaes Terrestres (Coter). Temos interao com os rgos governamentais, municipais e federais. O Sisfron no pode funcionar sozinho, at pelo uso dual (militar e civil) que possui, detalhou o major. Jos Luiz tambm destacou em sua fala a possibilidade de participao de empresas estrangeiras no projeto. Temos, por exemplo, uma empresa da frica do Sul que est fornecendo as antenas do projeto, exemplificou.
O 6 Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS segue at esta quarta-feira (19) na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.
Fotos: Felipe Barra
(MD ASCOM/ FM)
