Brasil e Sucia realizam encontro bilateral na rea de Defesa

Brasil e Sucia realizam encontro bilateral na rea de Defesa

Braslia, 16/02/2016 Com o intuito de fortalecer e estreitar as relaes tcnico-militares entre Brasil e Sucia, integrantes das trs Foras Armadas dos dois pases participaram nessa segunda-feira (15) do 3 Encontro Bilateral do Grupo de Defesa Brasil-Sucia, no Ministrio da Defesa (MD), em Braslia. O principal objetivo identificar possibilidades de cooperao e de trocas de experincias entre as foras de ambos os pases.

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As operaes de paz das quais o Brasil participa foram citadas no encontro. Na palestra “As operaes de Paz e Perspectivas Brasileiras”, o subchefe de Assuntos Internacionais do Ministrio da Defesa, general Fernando Luiz Goulart Duarte, expressou uma viso positiva em relao Misso das Naes Unidas para Estabilizao do Haiti (Minustah) e Fora-Tarefa Martima da Fora Interina das Naes Unidas no Lbano (FTM-UNIFIL). Tanto a Minustah, no Haiti, desde 2004, quanto o componente martimo no Lbano fazem parte do nosso histrico de misses de paz das Naes Unidas. Eles evoluram para um mandato ambicioso e de estratgia poltica, afirmou.

Ainda segundo o general, estas misses tinham, inicialmente, um propsito de pacificao, mas com o tempo, evoluram para misses multifuncionais. Ele destacou tambm a importncia de um planejamento para gesto de conflitos em operaes desse tipo. Deve haver uma paz, que deve ser mantida. A gesto de conflitos existe para proteger os civis e, ao mesmo tempo, gerir desordens e ter certos cuidados na utilizao de abordagem em locais complexos, como aqueles onde esto nossas tropas, disse.

Rio 2016

O assessor especial para Grandes Eventos do MD, general Luiz Felipe Linhares Gomes, falou sobre o planejamento de segurana para os Jogos Olmpicos Rio 2016 e os desafios do evento. Na ocasio, ele citou a grandiosidade e complexidade do projeto, que ser realizado este ano pela primeira vez na Amrica do Sul, no Rio de Janeiro.

As aes de defesa nos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos para este ano esto destacadas no planejamento para o enfrentamento contraterrorismo e nos treinamentos conjuntos para que a atuao das Foras esteja coordenada nos eventos. Por meio destas operaes, possvel verificar, tambm, quais deficincias precisam ser corrigidas, como mudanas de planejamentos e aquisio de novos equipamentos.

Cooperao bilateral

brasil suecia 2Os militares da Sucia ofereceram ao Brasil cursos na Unidade de Defesa Sueca, que funciona como um departamento de pesquisa conjunto e atende s trs Foras do pas. Uma dessas unidades o Nordic Center for Gender in Military Operations(NCGM)– Centro Nrdico de Gnero em Operaes Militares , que j tem parcerias com Finlndia, Noruega e Dinamarca.

As primeiras reunies exploratrias entre Brasil e Sucia comearam ainda em 2014, em solo brasileiro. Em junho de 2015, ocorreu a segunda reunio do grupo de trabalho em Estocolmo, capital sueca. Durante os encontros anteriores, foram debatidos diversos pontos de interesse em possveis reas cooperaes. No atual estgio, os dois pases j realizam trocas de experincias em reas especficas, como, por exemplo, a de defesa ciberntica, quando uma delegao sueca visitou o Centro de Defesa Ciberntica (CDCiber) do Exrcito, em Braslia.

Alm disso, novos eventos esto sendo programados, como destaca o coronel Werner Wilhelm Bonnet, gerente da sesso de cooperao internacional do Ministrio da Defesa: Estamos programando visitas com o objetivo de conhecer os centros de simulao e os jogos de guerra que a Sucia tem desenvolvido. A Sucia ofereceu ao Brasil a oportunidade de conhecer equipamentos de radares que operam em baixa frequncia. interessante estudar o caminho de pesquisa que o pas adotou.

Parcerias futuras

Na reunio, tambm foi debatida a participao brasileira no exerccio conjunto de foras de paz Viking 18 Exercise Peace Support(Exerccio Conjunto de Apoio Paz). Para isso, vamos participar do planejamento, que dever ocorrer ainda esse ano. Pretendemos enviar militares para as reunies de planejamento do exerccio,que envolve no s as foras armadas suecas, mas tambm vrios rgos, inclusive a Organizao das Naes Unidas, afirmou Bonnet.

Fotos: Tereza Sobreira/MD

(MD ASCOM/ FM)

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