Foi apresentado oficialmente na última quarta-feira (20) o projeto de construção do novo campus da Escola Superior de Guerra (ESG) em Brasília. O anúncio foi feito pelo comandante da instituição, almirante Leal Ferreira, durante a cerimônia de comemoração dos 65 anos da ESG no Rio de Janeiro.
“Em cerimonia realizada há poucos minutos, assinamos o contrato para elaboração do projeto executivo da sede da Escola Superior de Guerra em Brasília. Esperamos que as obras se iniciem no ano vindouro. Nesta empreitada, estamos contando com a imprescindível colaboração do Departamento de Engenharia e Construção do Exercito”, disse Leal.
As obras de construção do campus da Escola Superior de Guerra (ESG) em Brasília devem ser iniciadas no segundo semestre do ano que vem. Após o termino do período de licitação de projeto, que teve como vencedora a empresa Soares Barros, será aberta em breve uma nova licitação para escolha da construtora que irá executar a obra.
“Até o meio do ano que vem, a gente deve estar com a licitação da obra concluída, com a possibilidade de, no segundo semestre, iniciar as obras. Como a estimativa é de um ano e meio de obras, até o final de 2016, deveremos estar com o prédio concluído”, prevê o diretor do campus Brasília da ESG, brigadeiro Delano Teixeira Menezes.
O campus da ESG em Brasília ficará na quadra 903 da Asa Sul, bem próximo da região central da capital federal, onde se concentra a Esplanada dos Ministérios e diversos outros órgãos como a Presidência da República (PR), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Parlamento.
Serão dois prédios de três andares, num total de 10 mil metros quadrados de área construída. A unidade contará com um auditório com capacidade para 400 pessoas, além de outros auditórios menores.
Cursos
O brigadeiro Delano Menezes explica que, com o campus da Escola em Brasília, será possível, não só ampliar o número de cursos ofertados, como também, o número de vagas nos cursos que atualmente já são oferecidos no auditório do Ministério da Defesa. Com isso, ele acredita que mais servidores públicos poderão se beneficiar com os cursos.
“Os principais interlocutores das questões de Estado estão na capital federal, tanto aqueles que podem aprender com os cursos, quanto os que podem ensinar. A alta cúpula do governo está aqui, quem pode falar dos problemas da saúde, do transporte e de todas as demais áreas reside e trabalha em Brasília”, explica.
Segundo o responsável pela Escola na capital do país, a perspectiva mais ampla e com foco no planejamento estratégico que a ESG traz para seus participantes é fundamental para aqueles que trabalham nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
“Muitas vezes, o funcionário pensa que os problemas que ele precisa resolver em seu dia-a-dia são exclusivos dele. Na ESG, esse servidor público começa a ver que outras questões relativas a outros ministérios também impactam na área dele. É essa visão multidisciplinar que a Escola leva até eles”, avalia o Brigadeiro Delano.
Vagas externas
As vagas para os cursos oferecidos pela Escola Superior de Guerra (ESG) são preenchidas por militares e por servidores públicos indicados pela sua instituição de origem. No entanto, futuramente, a Escola começará a abrir um percentual de vagas para o público externo. Delano Menezes explica que a novidade tem como objetivo atrair estudiosos que podem elevar o debate de temas relevantes para o país.
“Atualmente, já temos no meio acadêmico, cursos de política, estratégia e de Defesa. Algumas universidades já contam com cursos de doutorado nessa área, então, é importante permitir que, caso tenham interesse, essas pessoas possam se juntar à ESG”, esclarece.
Imagens: ESG
(MD ASCOM/ FM)