Braslia, 22/01/2015 A tenente-coronel Maria das Graas Andrade de Jesus e a tenente Paola de Carvalho Andrade em breve passaro por um importante desafio em suas carreiras. Elas vo integrar o 22 contingente brasileiro daMisso das Naes Unidas para Estabilizao do Haiti (Minustah). A partir de junho, Paola, que jornalista, trabalhar em atividades de imprensa e Relaes Pblicas. J Maria das Graas, que advogada, atuar como assessora jurdica. Ao longo desta semana, as militares participam de reunio preparatria do 22 contingente no Ministrio da Defesa, em Braslia (DF).
A tenente-coronel Maria das Graas conta que esta a segunda vez que vai ao pas caribenho. Ela integrou o 8 contingente, que esteve entre 2007 e 2008 no Haiti. Agora, a militar vai aproveitar a rica oportunidade para aprimorar o aprendizado em operaes de paz.
Existe uma mudana positiva se compararmos o cenrio daquela poca com o atual. Vejo que o preparo est mais detalhado e o xito da misso depende desse preparo, afirmou. E completou: Voc vai uma pessoa e volta outra de l. Maria das Graas estar ligada ao Batalho de Infantaria de Fora de Paz (Brabat).
J a tenente Paola parte para a nao amiga pela primeira vez. Quero entender como o Brasil participa de misses de paz e como alcanou a excelncia que possui, explicou. A jornalista vai fazer parte da Companhia de Engenharia Brasileira no Haiti (Braengcoy).
Sou mais uma militar na misso. Alm de executar tarefas tpicas da profisso, estarei disposio para quaisquer outras iniciativas que precise, disse. Atualmente, o Brasil possui ao todo 14 mulheres no Brabat, quatro na Braengcoy e uma no Grupamento de Fuzileiros Navais.
Peacekeepers
Na tarde desta quinta-feira (22), o chefe da Diviso de Doutrina doCentro Conjunto de Operaes de Paz do Brasil (CCOPAB), capito-de-corveta Rogrio de Mello Francesconi, ministrou palestras sobre igualdade de gnero e proteo de crianas nas operaes de paz.
De acordo com Francesconi, ospeacekeepers(mantenedores da paz) tm como atribuies reportar s autoridades casos de sequestro, rapto, estupros, ataques a escolas e recrutamento ilcito de soldados. Alm disso, os militares brasileiros devem presar pelo cumprimento de no utilizar mo de obra infantil haitiana. A proteo criana tambm faz parte da promoo dos direitos humanos. Elas so o futuro da nao, salientou.
O chefe tambm falou sobre qual seria o relacionamento ideal da tropa com os diversos organismos e entidades nacionais e internacionais que trabalham no Haiti. A Organizao das Naes Unidas espera que a nossa atuao seja integrada com essas instituies. importante manter boas relaes.
No que diz respeito assistncia humanitria, o capito-de-corveta lembrou que as aes realizadas no pas caribenho precisam ter como objetivo beneficiar a populao local. E devem acontecer, ainda, sem discriminao tnica, de gnero, nacionalidade, religio, entre outras.
Quando necessrio, o contingente brasileiro age em iniciativas de auxlio a vtimas de enchentes, retirada de escombros, aes cvico-sociais e construo de estradas, por exemplo. O sucesso de uma operao de paz no depende s dospeacekeepers, mas de um trabalho efetivo de relacionamento com todos os outros atores do pas, finalizou.
(MD ASCOM/ FM)