Amã (Jordânia) – Neste fim de semana, o ministro Raul Jungmann iniciou uma visita oficial ao Oriente Médio para debater temas relacionados às agendas estratégicas em comum, a cooperação na área de defesa e a possibilidade de novos negócios com os países árabes. Também acompanharam a comitiva ministerial representantes de 14 empresas da base industrial de defesa, que têm como missão divulgar produtos nacionais, fortalecer as relações já existentes e abrir outros mercados.
Na sexta-feira (01), em uma breve passagem por Túnis, na Tunísia, a caminho da Jordânia, Jungmann foi recebido pelo secretário das Relações Exteriores, Sabri Bachtobji, pelo chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Mohamed Hajjem, e pela embaixadora do Brasil, Márcia Maro da Silva. Os dois países discutem áreas de cooperação, especialmente, nos setores de indústria de defesa e proteção de fronteiras.
Em maio deste ano, durante a LAAD – Feira Internacional de Defesa e Segurança -, Tunísia e Brasil assinaram uma declaração de intenções que prevê a cooperação entre as forças armadas de ambos os países, nas áreas de ensino, medicina operativa, programas sociais e operações de paz.
Em Aqaba, na Jordânia, no sábado (02), o ministro foi recebido pelo rei Abdullah II. O ministro da defesa do Brasil e o monarca discutiram temas em comum.
Raul Jungmann destacou a boa relação diplomática entre Brasil e Jordânia, iniciada em 1949, e informou ao rei que, no próximo ano, deverá ser indicado um adido de defesa não residente para o país.
Abdullah II esteve em Manaus (AM), em março, onde conheceu o adestramento das tropas especiais de selva. Segundo ele, o Brasil é uma prioridade na América Latina. O monarca relembrou o desenvolvimento do projeto do blindado Osório, que considera um dos um melhores do mundo.
Jungmann falou das peculiaridades que unem os dois países: “Nós temos similaridades como a democracia, a preocupação com a paz e estabilidade global”.
Por fim, o ministro anunciou que, em 2018, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, o chanceler Aloysio Nunes, deverá visitar o país em março e, possivelmente, o presidente Michel Temer virá no meio do ano.
Além do rei, também no sábado, Jungmann manteve uma série de encontros com autoridades para reforçar a cooperação bilateral entre Brasil e Jordânia na área de defesa. Foram realizadas reuniões com o ministro das Relações Exteriores, o chanceler Ayman Safadi, e com o chefe do Estado-Maior, general Mahmoud Freihat.
Já no domingo (03), foi a vez do encontro com o primeiro-ministro, Hani Al-Mulki, e uma visita ao KADDB (King Abdullah Design and Development Bureau), onde foi havia uma exposição de diversos produtos de defesa fabricados no país.
Nas reuniões com autoridades jordanianas foi manifestado o interesse em aprofundar as relações na área de defesa e a possibilidade de um acordo de cooperação. Também foram discutidos assuntos relacionados à tecnologia bélica. Jungmann destacou o sistema de monitoramento de fronteiras do Brasil: “Trocamos informações relacionadas `a base industrial de defesa, em especial, sobre tecnologia na área de fronteiras, no qual eles possuem bastante tecnologia e o Brasil dispõe do SISFRON”.
Os empresários que acompanham o ministro durante a missão participaram de diversas reuniões de trabalho ao longo do fim de semana. Entre elas, um encontro com o diretor do Departamento de Projetos do Ministério da Defesa. Para o presidente da Associação Brasileira de Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Carlos Frederico Queiroz de Aguiar, a chance de acompanhar esta missão é essencial para a divulgação dos produtos brasileiros e para o fortalecimento de parcerias comerciais.
A expectativa é de que no próximo ano, governo e a classe empresarial dos dois países se reúnam para um novo encontro.
Fotos: Divulgação ASCOM/MD
(MD ASCOM/FM)