No segundo dia do Seminário Internacional de Defesa e Proteção da Amazônia (Amazon Security & Defense Exhibition – ASDX), militares das Forças Armadas brasileiras e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), da Polícia Federal e da Secretaria de Segurança Pública do Pará debateram o tema: “Desafios da segurança pública na Região Amazônia e propostas de soluções”. O evento de defesa e segurança, que está na sua primeira edição e prossegue até esta quinta-feira (14), é o maior já realizado na Amazônia.
De acordo com o Secretário Nacional de Segurança Pública, General de Exército da reserva Guilherme Theophilo, a tecnologia pode ser grande aliada na prevenção e na diminuição da criminalidade. “Nós, por exemplo, no projeto Em Frente Brasil, temos uma playlist de cinco cidades do Pará. Acompanhamos onde estão as viaturas da PM e as manchas de roubos e homicídios. Temos todas as estatísticas, de um dia para o outro, tanto no meu computador como no do Ministro Sérgio Moro. É isso que nós queremos implantar no Brasil inteiro”, afirmou o General.
Estande do Ministério da Defesa
Para o Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, é preciso coibir o aumento do crime ambiental na Amazônia, que cresceu 26% na última década e hoje responde por U$ 258 milhões no mundo. Uma das soluções é o uso de isótopos estáveis na investigação criminal. “O projeto isótopo traça a origem de matérias apreendidas com o crime organizado. Ele possibilita identificar os principais vetores da criminalidade e otimizar os esforços no combate, agindo ostensivamente nos principais hotspots”, garantiu o delegado.
Estande da Marinha do Brasil
Conforme a Interpol, o crime ambiental é a quarta maior empresa criminal do planeta. A quantidade de dinheiro que circula por esse segmento é 10 vezes maior do que é investido pelas agências internacionais para combatê-lo. As agressões ao meio ambiente crescem de duas a três vezes mais rapidamente do que o PIB Global, informou Alexandre Saraiva.
Estande do Exército Brasileiro
Segundo o Coordenador do Comitê Permanente da América Latina para Prevenção do Crime (COPLAN), órgão vinculado à ONU, professor Edmundo Oliveira, existe a possibilidade de o Brasil receber unidade da Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social da ONU. “Se o Japão e a Costa Rica têm universidades da ONU, porque o Brasil não pode ter? A ideia de criar essa universidade de segurança não nasceu de uma comissão, mas sim no Supremo Tribunal Federal do Brasil”, destacou o professor.
Estande da Força Aérea Brasileira
O I Seminário Internacional de Defesa e Proteção da Amazônia foi criado para debater grandes temas e apresentar soluções inovadoras da indústria nacional e internacional, voltadas para as Forças Armadas, Forças de Segurança Pública, Agências de Governo e tecnologias que contribuam com o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Por Capitão-Tenente Fabrício Costa
Fotos: Cabo Max/MD
(CECOMSAER/FM)