Braslia, 30/06/2015 Desde a tera-feira (30/06), 2,5 mil militares dasForas Armadas(500 homens do Corpo de Fuzileiros Navais daMarinhae 2 mil doExrcito Brasileiro) passaro o comando da Fora de Pacificao (Operao So Francisco) do Complexo da Mar para a Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro, dando prosseguimento ao processo de resgatar a paz na regio.
Aps 14 meses de ocupao, as Foras Armadas, em atuao conjunta com o poder pblico, deixam um legado para desarticular faces criminosas e alavancar as condies de cidadania para uma populao composta por 140 mil pessoas que habitam na Mar.
Segundo dados da Chefia de Operaes Conjuntas doEstado-Maior Conjunto das Foras Armadas (ECMFA)do Ministrio da Defesa, at a ltima quarta-feira (24), as tropas federais realizaram a priso de 553 adultos e a deteno de 254 menores de idade. Alm disso, foram feitas 550 apreenses de drogas e 58 de armas e mais 3.884 munies recolhidas.
Houve, ainda, a apreenso de 60 veculos, 89 motos e outros 436 materiais diversos. Foram abertos 106 autos de prises em flagrantes e realizadas 121 detenes por crime militar.
De acordo com o chefe do EMCFA, general Jos Carlos De Nardi, os militares desempenharam a misso com bravura, sempre respeitando os direitos da populao local e criando condies para a retomada da rea pelas organizaes de segurana pblica do Rio de Janeiro. “Apesar das dificuldades e bices prprios da Operao So Francisco, no Complexo da Mar, o esforo das Foras Armadas contribuiu para melhorar a segurana pblica no Rio de Janeiro.”
Durante a Operao, foram mobilizados, em um s momento, at 3,3 mil militares. A Fora de Pacificao fez uso intensivo de viaturas blindadas para o patrulhamento da rea. AAeronuticarealizou o transporte de pessoal, equipamentos e material de diversas regies do pas para atender s necessidades operacionais da tropa.
A Fora Area Brasileira (FAB) tambm colocou em atividade o seu Sistema Areo Remotamente Tripulado (SARP), que empregou umvant. Em certas ocasies, foram utilizadas at 300 viaturas em apoio a misses.
Para os militares, a ocupao da Mar considerada um conflito moderno. Uma guerra irregular, sem fronteiras, com inimigo difuso.
Legado
Outro grande avano que contribuiu para a reduo da violncia no Complexo foi o auxlio do Disque-Pacificao. Com o servio telefnico, as tropas contaram com o apoio da comunidade, que repassou cerca de 3 mil informaes que contriburam para prises de criminosos.
Tambm em parceria com rgos governamentais, entre eles, a Justia Itinerante, foram realizadas aes cvico-sociais como casamentos, registros, emisso de documentos, alm da regularizao do recolhimento de lixo, a retirada de centenas de carcaas de veculos de locais pblicos e desobstruo de ruas.
Essas aes esto permitindo a circulao dentro da Mar, a construo de escolas e projetos de melhorias no esgotamento sanitrio. A Fora de Pacificao realizou 12 aes sociais, totalizando aproximadamente 13 mil atendimentos.
Desde o incio da Operao So Francisco, em abril de 2014, a taxa anual de homicdios na regio da Mar caiu de 21,29 para 5,33 mortes por 100 mil habitantes.
Operao So Francisco
As Foras Armadas foram autorizadas a entrar no Complexo da Mar, no Rio de Janeiro, a partir do dia 5 de abril de 2014, em apoio s foras de segurana pblica estaduais.
Na poca, a diretriz ministerial n 9 orientou o emprego das tropas em misso deGarantia da Lei e da Ordem(GLO), conforme pedido feito pelo, ento, governador Sergio Cabral.
O processo de retirada dos homens da Marinha e do Exrcito teve incio no dia 1 de abril deste ano, com trmino em 30 de junho.
Por determinao da Presidncia da Repblica e atendendo solicitao do governo do Estado do Rio de Janeiro, a Operao So Francisco foi prorrogada por mais quatro vezes.
A rea na qual as foras militares foram empregadas, no Complexo da Mar, ficou restrita especificamente nas comunidades: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque Unio, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Mar, Conjunto Nova Mar, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiro Salsa & Merengue, Vila do Joo e Conjunto Esperana.
(MD ASCOM/ FM)