Indígenas contam com apoio da Defesa no combate à Covid-19

Nesta segunda-feira, 19 de abril, data em que é celebrado o Dia do Índio, o Ministério da Defesa homenageia os povos que tiveram papel fundamental na formação cultural e étnica da população brasileira. A homenagem é concretizada, no momento atual, com o combate à Covid-19.

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A Pasta deflagrou, em março de 2020, a Operação Covid-19, logo após o Decreto que reconheceu o estado de calamidade pública no País. Integrando o esforço do Governo Federal no enfrentamento à doença, o Ministério trabalhou diuturnamente, de Norte a Sul do Brasil, valendo-se do apoio logístico proporcionado pela grande capilaridade das Forças Armadas, no combate a esse inimigo invisível, nas mais diversas frentes.

Nesse contexto, vislumbrou-se a necessidade de apoiar os indígenas aldeados em locais de difícil acesso. Assim, sob a Coordenação da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (SEPESD), do Ministério da Defesa, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), e com o apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do Ministério da Justiça, foram iniciadas as missões.

De junho a dezembro de 2020, foram realizadas 16 missões humanitárias que atenderam indígenas Yanomami, Kanamarí, Macuxi, Tiryó, Xavante, Karajá, Terena, Guajajara, Caxinauás, Kayapó, Wai Wai e Ticuna. As operações envolveram 401 profissionais de saúde das Forças Armadas.

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Além de reforço de atendimento médico especializado, foram levados medicamentos, testes para Covid-19, equipamentos de proteção individual (EPI) e outros insumos de saúde e cestas básicas para essas comunidades vulneráveis, que somaram 54,5 toneladas.

O cuidado com a integridade de todos os envolvidos nas ações foi imprescindível para o sucesso das operações e para o cumprimento do principal objetivo: levar saúde. Visando, principalmente, à segurança dos indígenas, todos os militares que integraram as missões foram submetidos a rigorosas inspeções sanitárias e testes para a certificação da ausência de qualquer sintoma da Covid-19. E, para a proteção desses profissionais que atuaram na linha de frente no combate ao novo coronavírus, atenção redobrada com Equipamentos de Proteção Individual e medidas sanitárias.

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Vacinação
O apoio do Ministério da Defesa a essa população não parou por aí. Agora, as ações estão voltadas para o incremento da vacinação. Contando mais uma vez com o apoio logístico das Forças Armadas, o Ministério da Defesa tem trabalhado incessantemente para facilitar o acesso das equipes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) às comunidades, oferecendo maior celeridade ao processo de imunização.

Até o momento, por meio de seus Comandos Conjuntos, colaborou com a vacinação, até o momento, mais de 195 mil doses foram aplicadas em indígenas, atendidos por 13 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), em áreas abrangidas pelo Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCj Amz) e Comando Conjunto Oeste (CCjO).

Legado de Rondon
Historicamente, as Forças Armadas sempre estiveram ligadas à assistência aos indígenas. O Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, militar do Exército Brasileiro e descendente de indígenas, deixou um exemplar legado de proteção e de defesa desses brasileiros. Descendente das etnias Bororó, Terena e Guaná, foi um desbravador da fronteira oeste brasileira e da Amazônia, tornando-se conhecido pelo respeito com que sempre tratou os povos indígenas com os quais teve contato em suas missões exploratórias.

Com o lema “Morrer, se preciso for! Matar, nunca”, Rondon definia como deveriam ser as relações com as populações indígenas, no início do século 20. Ainda hoje, um século depois, seu legado conduz ações e suas palavras reverberam e inspiram as Forças Armadas.

Por Maristella Marszalek
Fotos: divulgação

(MD ASCOM/FM)

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