Braslia O Projeto de Lei Oramentria Anual (PLOA) para 2015 dever contemplar um total de crdito na ordem de R$ 1 bilho para aquisio dos caas Gripen New Generation (NG), Projeto FX-2 da Fora Area Brasileira (FAB). A sinalizao desse montante de recursos foi feita nesta segunda-feira (06), durante reunio do Comit de Acompanhamento do Projeto FX-2 no Ministrio da Defesa.
Para o presidente da Comisso Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro Jos Augusto Crepaldi Affonso, a indicao demonstra o comprometimento do governo com o projeto, que, pelo cronograma original, dever ter seu contrato assinado at dezembro deste ano. A previso que os 36 caas, desenvolvidos pela empresa Saab, sejam entregues entre 2019 e 2024.
Alm dos recursos, o projeto FX-2 tambm dever ter incrementos no quesito transferncia de tecnologia. Segundo o brigadeiro Crepaldi, graas aos avanos nas negociaes, a participao da indstria brasileira de defesa nesse projeto se dar em maior escala, estando presente em mais etapas do que o que estava previsto anteriormente. Para se ter uma ideia, j em 2015, mais de cem profissionais brasileiros da indstria de defesa devero se mudar para Linkping, cidade localizada no sul da Sucia, onde iniciaro o processo de transferncia de tecnologia dos caas Gripen NG.
O brigadeiro Crepaldi ressaltou a importncia das reunies do comit que acompanha o andamento do projeto FX-2. A reunio do comit gestor muito importante porque possibilita, via Ministrio da Defesa, uma interao com todos os rgos de governo responsveis pelo projeto em seu mais alto nvel, disse. As orientaes que saem daqui fluem muito mais rpido em todos os nveis de governo, facilitando o projeto como um todo, concluiu.
Sea Gripen: Defesa Aeronaval
Na reunio do comit tambm foi debatida a possibilidade de o contrato a ser assinado com a Sucia contemplar ainda, no pacote de transferncia de tecnologia, um estudo sobre a viabilidade de o Gripen NG ser desenvolvido para uso da Marinha, como avies de caa embarcados.
O almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, chefe da Diretoria de Aeronutica da Marinha, explica que a ideia que esse estudo entre como offset (tipo de compensao comercial comum em acordos de importao) do contrato e, caso seja vivel, poder representar um ganho logstico importante para o Brasil.
Se eu compro um avio e utilizo esse mesmo modelo em outra Fora, eu ganho no clico de vida, na manuteno e na operao da aeronave, reforando os quesitos da interoperabilidade, ou seja, da capacidade de as trs Foras conversarem, explicou o almirante.
Fotos: Jorge Cardoso
(MD ASCOM/ FM)