As autorizações para exportações de Produtos de Defesa podem chegar ao valor de US$ 1,5 bilhão, no ano de 2019. O valor retrata um crescimento significativo em relação a 2018, quando foram autorizadas exportações de US$ 915 milhões A expectativa é do Secretário de Produtos de Defesa (SEPROD) do Ministério da Defesa, Marcos Degaut. Durante a participação no Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), que ocorreu nos dias 21 e 22 de novembro, no Rio de Janeiro, o Secretário destacou que a expectativa é de que as autorizações possam chegar a US$ 6 bilhões, até o final de 2022.
Em sua explanação, Degaut lembrou que o Brasil perdeu espaço no mercado internacional de Produtos de Defesa (PRODE) nos últimos anos. Em sua visão, uma das dificuldades é que o setor não era visto como importante para a economia nacional.
“De forma geral a sociedade brasileira não entende o que chamamos de Economia de Defesa, ou seja, a indústria de defesa como geradora de empregos altamente qualificados e de renda. É um setor que tem um efeito multiplicador muito grande sobre a economia, que gera um salto qualitativo em termos de desenvolvimento tecnológico, que arrecada tributos, royalties, divisas e que tem um grande potencial exportador”, indicou.
Além disso, Degaut destacou que para cada real investido na Economia de Defesa, o retorno é de aproximadamente R$ 10.
Cluster
Ainda no dia 21 de novembro, ocorreu o Seminário Internacional “A Economia do Mar como Política de Desenvolvimento”, na Escola de Guerra Naval, promovido pelo Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro. O evento, que também contou com a participação do Secretário Degaut, teve por objetivo apresentar outras experiências nacionais e internacionais de associativismo nos segmentos marítimo e aeroespacial.
Durante o evento, foi assinada uma carta de intenções entre os associados do Cluster, o Ministério da Defesa, a prefeitura de Niterói (RJ) e o Governo do Rio de Janeiro. O documento estabelece a “promoção de atividades relacionadas à Economia do Mar e à Economia de Defesa, à pesquisa, à ciência, à tecnologia, à inovação, à formação, à capacitação e ao empreendedorismo, apoiando atuações intensivas em conhecimento, visando o aproveitamento das potencialidades do mar e da região costeira, de forma ordenada e sustentável, na Baía de Guanabara, em Sepetiba e demais nas regiões dos seus entornos”.
O Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro foi lançado em 13 de novembro e conta como fundadoras as empresas: Amazônia Azul Tecnologias de Defesa AS (AMAZUL), Condor S/A Indústria Química (CONDOR), Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP).
Com informação e fotos da SEPROD
(MD ASCOM/FM)