AEscola Superior de Guerra (ESG)em parceria com aComisso Interministerial para os Recursos do Mar (SeCIRM)e a Universidade de Braslia (UnB) promoveu, na quinta-feira (16), no Auditrio da Presidncia da Repblica, em Braslia, o Seminrio Antrtica 2048. O evento teve como propsito destacar o Pioneirismo do Brasil na Antrtica e a perspectiva para os prximos 30 anos de pesquisa na regio conhecida pelas temperaturas mais baixas do planeta. Autoridades civis e militares prestigiaram o seminrio que teve a mesa de honra composta pelo chefe doEstado-Maior Conjunto das Foras Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho; o chefe do Estado-Maior da Armada (EMA), almirante Ilques Barbosa Junior; o comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), general Dcio Luis Schons; e a reitora da Universidade de Braslia (UnB), Mrcia Abraho.
Para o almirante Ademir, o mais importante na realizao do seminrio a divulgao da relevncia da Antrtica e das pesquisas l realizadas, no s para a comunidade cientfica, mas para a sociedade de um modo geral. Sobre a inaugurao da nova estao cientfica, programada para maro de 2019, disse que um desafio vencido, pois possibilitar a ampliao da capacidade de pesquisa. Mas, ressaltou que no podemos esquecer que vo aumentar as necessidades logsticas para suportar a nova estao.
Reitora da UnB enalteceu a importncia do tema para a cinciaA reitora da UnB, Mrcia Abraho, disse que a participao da universidade no evento mostra a importncia da cincia e que relevante a parceria com as Foras Armadas, por intermdio da Marinha do Brasil, pois, neste contexto, torna a cincia brasileira protagonista no desenvolvimento do pas, particularmente, na Antrtica. Destacou ainda que a UnB tem produzido trabalhos na rea da cincia biolgica destacando a gentica e a biologia vegetal.
O seminrio iniciou com palestras dos militares que participaram das primeiras expedies, demonstrando o Pioneirismo na Antrtica, como o almirante Jos Henrique Salvi Elkfury que participou da expedio Antrtica I e comandou a Estao Comandante Ferraz (ECF). O almirante disse que fazer parte daquela expedio foi um grande desafio. Foi um crescimento muito grande em todos os aspectos, seja pessoal, profissional e espiritual. Disse ainda, que se sente orgulhoso de fazer parte de um programa de interesse nacional. uma satisfao ver o crescimento do programa.
H a necessidade da manuteno de princpios fundamentais, como parceria, humildade e a preocupao com o meio ambiente, para que cheguemos em 2048 como protagonista desta histria”, alertou o almirante Elkfury.
O comandante da ESG – campus Braslia, general Wilson Mendes Lauria, explicou que a causa antrtica comeou sendo defendida por um grupo de intelectuais da ESG, tendo a sua frente a professora Therezinha de Castro, que com seus trabalhos conseguiu mostrar para o Brasil a importncia do continente gelado para a nossa geopoltica.
O tema antrtico um tema tradicional para a Escola Superior de Guerra, destacou o general Lauria.
Faltando 30 anos o momento de reavivarmos o debate. No podemos deixar que daqui a 30,50 anos, a gerao de brasileiros que estiver naquele momento no tenha voz nesta importante questo internacional, por que ns deixamos de fazer algo hoje. uma grande satisfao ver o auditrio extremamente plural, com civis e militares discutindo juntos, pois este foi o sentimento que motivou a criao da ESG h 69 anos atrs. Um espao democrtico onde as elites pudessem se reunir para tratar de assuntos de relevncia nacional”, considerou o general Lauria.
Na sequncia, o almirante Srgio Gago Guida (SeCIRM) e o primeiro secretrio Renato Barros de Aguiar Leonardi (MRE), apresentaram a palestra Brasil na Antrtica, os prximos 30 anos.
Como ex-aluno da ESG, o titular da SeCIRM, almirante Srgio Gago Guida, falou da satisfao de desenvolver um trabalho junto com a ESG, que foi o bero do desenvolvimento do interesse antrtico brasileiro com a professora Therezinha de Castro. Concluiu dizendo que este seminrio j pode ser considerado um marco entre a academia e a Marinha do Brasil.
tarde, o seminrio apresentou trs painis temticos sobre cincia, setor pblico e expanso da pesquisa. O professor da UnB, Paulo Cmara, referncia nacional no assunto ao lado do glacilogo (estudioso de geleiras), Jefferson Simes (UFRGS), falou sobre a participao do Brasil no Tratado da Antrtida. Documento assinado em 1959 que reconhece o interesse de toda a humanidade para que a Antrtida seja utilizada, exclusivamente, para fins pacficos e de pesquisa.
E em seguida, o Papel do setor pblico foi apresentado por lvaro Prata (MCTIC), Andr Martins (USP) e Sandro Bevilaqua Rangel (MMA); e Formas de expandir a esfera de influncia do Brasil na Antrtica pelo representante da Academia Paulo Eduardo Cmara e pelo Representante da Marinha comandante Leonardo Mattos (EGN), que convidou todos a difundir a mentalidade Antrtica no seio da sociedade por meio de aes nos seus respectivos segmentos.
O subcomandante da Escola Superior de Guerra, almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, encerrou o seminrio destacando a parceria entre a Marinha, a Escola Superior de Guerra, a Universidade de Braslia, e os convidados. Falou ainda, da esperana de reforar o assunto, no apenas no meio de participantes do evento, mas junto as localidades mais distantes e em todos os segmentos da sociedade, para que no futuro possamos proporcionar uma melhor condio de vida para os brasileiros e para toda a humanidade.
Prestigiaram o evento representantes da Presidncia da Repblica; da UnB; do Ministrio da Cincia, Tecnologia, Inovaes e Comunicaes (MCTIC); do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica (GSI); do Ministrio das Relaes Exteriores (MRE), e do Ministrio da Defesa (MD.
A programao completa do evento pode ser consultada no link:https://antartica2048.blogspot.com/
Por Comandante Cleber Ribeiro
Fotos: Laice Machado/Cleber Ribeiro
(MD ASCOM/FM)
