Em reunião da Cúpula de Líderes sobre o Clima, nesta quinta-feira (22), o Presidente Jair Bolsonaro reforçou o compromisso brasileiro de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e reduzir a emissão de gases. O chefe do Executivo federal destacou ainda que, historicamente, o país é voz ativa na construção da agenda ambiental global.
“Renovo, hoje, essa credencial, respaldada tanto por nossas conquistas até aqui quanto pelos compromissos que estamos prontos a assumir perante as gerações futuras”, afirmou.
No discurso aos chefes de Estado, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, como detentor da maior biodiversidade do planeta e potência agroambiental, o Brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global.
“O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais”, ressaltou.
Destacou que o país conta com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa. Além de ser pioneiro na difusão de biocombustíveis renováveis, como o etanol, fundamentais para a despoluição de nossos centros urbanos. Também ressaltou que a agricultura é uma das mais sustentáveis do planeta.
“No campo, promovemos uma revolução verde a partir da ciência e inovação. Produzimos mais utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta”, frisou.
Redução da emissão de gases e combate ao desmatamento
O Presidente Jair Bolsonaro também comentou sobre o trabalho do Brasil na conservação ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável. “Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra. Como resultado, somente nos últimos 15 anos evitamos a emissão de mais de 7,8 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera”.
O Presidente ainda reiterou que o país é um dos poucos em desenvolvimento a adotar metas absolutas de redução de emissões inclusive para 2025, de 37%, e de 43% até 2030. “Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior.”
Segundo ele, as medidas de conservação não deixam de lado o desenvolvimento sustentável da Amazônia com ações como aprimorar a governança da terra e promoção da bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade.
“Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica do país em recursos naturais, mas que apresenta os piores índices de desenvolvimento humano. A solução desse ‘paradoxo amazônico’ é condição essencial para o desenvolvimento sustentável da região”, ponderou.
Cooperação
O Presidente disse ainda que é preciso contar com apoio para cumprir as metas e reiterou que o Brasil está aberto à cooperação internacional. “Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas.”
“Reafirmamos em 92, no Rio de Janeiro, na conferência presidida pelo Brasil, o direito ao desenvolvimento deve ser exercido de tal forma que a resposta equitativamente e de forma sustentável às necessidades ambientais e de desenvolvimento das gerações presentes e futuras. Com esse espírito de responsabilidade coletiva e destino comum, convido-os novamente a apoiar-nos nessa missão. Contem com o Brasil”, finalizou.
A Cúpula de Líderes foi organizada pelo governo dos Estados Unidos. Em novembro deste ano, será promovida a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), em Glasgow/Escócia.
(PLANALTO/FM)