Brasília (DF) – O Comandante do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, realizou a abertura da aula inaugural do Curso de Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio, no auditório do Departamento-Geral do Pessoal (DGP), passando, em seguida, a palavra ao presidente da ABP, Dr Antônio Geraldo. A iniciativa do curso é da Diretoria de Inativos, Pensionistas e Assistência Social, subordinada ao DGP, com a participação da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O Curso de Valorização da Vida, como tem sido chamado, está sendo ministrado na Guarnição de Brasília, como programa-piloto. Terá a duração de 15 horas para médicos e de 60 horas para os não médicos. A etapa seguinte contemplará todo o Brasil, por intermédio das Regiões Militares.
Segundo o presidente da ABP, não existe ninguém livre da depressão. “Só de crianças e de adolescentes, estima-se que oito milhões de brasileiros passem por essa situação neste momento. Atualmente, de 17 a 20 milhões de pessoas estão com algum nível de depressão no Brasil.” O doutor Antônio Geraldo disse, ainda, que todas as especialidades médicas têm relação com a psiquiatria, por isso, existe grande importância no tratamento ambulatorial, realizado por uma equipe, para que vidas sejam salvas. Por exemplo, “cafeína, nicotina, álcool e drogas anulam a ação dos antidepressivos. Logo, não devem constar do cardápio de pessoas que tomam medicamento contra a depressão. Em virtude disso, é de suma importância o trabalho de um nutricionista, em conjunto com um psiquiatra, para que se obtenha sucesso num tratamento”, exemplificou o médico.
Segundo o Chefe do DGP, General de Exército Francisco Carlos Modesto, é preciso a contribuição de todos diante de um quadro de depressão que pode levar ao suicídio. Para ele, “psiquiatras, psicólogos, religiosos e leigos, todos têm a contribuir e precisam ficar atentos para essa questão. Vivemos num mundo cada vez mais conectado virtualmente e isolado na perspectiva do contato pessoal. Juntos podemos evitar suicídios, que são tragédias individuais, mas que influenciam toda a coletividade”.
A depressão, se não tratada, pode levar ao suicídio, e os números são de assustar, pois, em 2014, 12 mil brasileiros cometeram suicídio e, no mundo, foram um milhão de vítimas.
O médico aproveitou a oportunidade para divulgar o Setembro Amarelo (mês de prevenção ao suicídio), convidando a todos para um grande evento, no dia 20 de setembro, no Parque da Cidade, em Brasília.
(CCOMSEX/ FM)