Um grupo de pesquisadores voluntários de Alagoas, coordenado pelo 1° Sargento Rodrigo Costa dos Santos, do Exército Brasileiro, concluiu um protótipo de respirador pulmonar de baixo custo, uma alternativa aos caros equipamentos de saúde usados nos casos graves da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Além do Sargento Rodrigo, a equipe é composta pelo engenheiro eletricista, empresário e consultor técnico Thiago Sandes; pelo engenheiro mecatrônico Cleberson Machado; pelo aluno do 7º período do curso de engenharia mecatrônica do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), Bruno Martinelle; e por Wylken Machado, graduado em ciências da computação e mestre em modelagem computacional pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
A iniciativa de produzir o respirador mecânico partiu do Sargento Rodrigo, que também é matemático e possui projetos nas áreas da engenharia química e da engenharia mecânica. “Elaboramos uma evolução na arquitetura, implementando válvulas solenóides proporcionais e on-off para controle de pressão ou vazão inspiratória, com uma estratégia baseada em modos de acionamentos pneumáticos”, ressaltou o militar do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, sediado em Maceió. O equipamento também possui sensores de fluxo de ar, de pressão e de volume, o que permite a sua configuração por profissionais da área de saúde em parâmetros como frequência, volume e pressão intrapulmonar, entre outros, por meio de um display touch.
O Respiral 2.0, como foi batizado pelos pesquisadores voluntários, tem seus insumos em torno R$ 6.500,00, valor bem abaixo de um respirador convencional, que era comercializado a R$ 60 mil antes da crise de saúde. Com o protótipo pronto, a equipe pretende doar para as Forças Armadas e/ou fábricas de produtos hospitalares que tenham intuitos filantrópicos, dando suporte principalmente a hospitais públicos e hospitais militares neste momento tão delicado.
No desenvolvimento do primeiro protótipo, a equipe também contou com Ícaro Santos, aluno de mecatrônica; com o professor Edison Camilo de Moraes Júnior, do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e mestre em engenharia da produção; e com Adriano Nunes, médico e jurista.
(CCOMSEX/FM)