A Força Aérea Brasileira (FAB) é um dos órgãos que atuará durante a XI Cúpula do BRICS – grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorrerá nos dias 13 e 14 de novembro, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em Brasília (DF). Foram planejadas ações de reforço na Defesa Aérea e no Controle de Tráfego Aéreo – atividades já realizadas pela FAB todos os dias do ano, 24 horas por dia. Cerca de 1.600 militares estarão envolvidos nesta missão.
A Operação prevê a criação de áreas de exclusão, com três níveis de restrição a partir da Praça dos Três Poderes, em que só aeronaves autorizadas poderão sobrevoar. As áreas serão acionadas na próxima quarta-feira (13/11).
As áreas delimitadas como de exclusão são definidas pelas cores vermelha, amarela e branca. Na área vermelha, que compreende um raio de 4 Milhas Náuticas (7,4 km), será posicionada a defesa antiaérea e o sobrevoo será proibido.
Já a área amarela cobre um raio de 25 Milhas Náuticas (46,3 km), abrangendo, inclusive, o Aeroporto Internacional de Brasília, é considerada restrita. Para sobrevoá-la, é preciso coordenar autorizações junto à FAB, independentemente de as aeronaves estarem envolvidas em atividades operacionais relacionadas ao evento, como, por exemplo, o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em acionamento para resgate.
A área branca, considerada reservada, abrange um raio de 70 Milhas Náuticas (129,6 km). Para sobrevoá-la não é necessário requerer autorização, mas a apresentação do plano de voo é obrigatória. O uso de drones está proibido durante a operação. Em relação ao tráfego de aeronaves no Aeroporto da capital federal, todos os voos operarão normalmente. A FAB promoverá medidas de gerenciamento do fluxo para que , em momentos necessários, de pico de tráfego aéreo, possam ser feitas todas as atividades de segurança sem impacto para os passageiros. “Não haverá nenhum impacto para a aviação comercial, os horários serão mantidos, os pousos e decolagens permanecerão operando normalmente”, afirma o Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.
Serão utilizadas cerca de 40 aeronaves da FAB durante a operação: caça, transporte, asas rotativas e aeronaves radar, entre elas F-5M, A-29, H-60L Black Hawk, H-36 Caracal, E-99 e C-98 Caravan, além de integrantes da defesa antiaérea munidos de mísseis que estarão ao redor da Esplanada dos Ministérios prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da reunião. “Esse evento tem uma complexidade maior, pois envolve muitos chefes de estado que participarão da reunião. Logo, a FAB está se preparando para a proteção e segurança de todos os envolvidos”, completa o Major-Brigadeiro Mangrich.
Este conceito e estrutura militar para gerenciar o fluxo de tráfego aéreo já foi adotado em grandes eventos sediados no Brasil. As experiências na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), em 2012; na Copa das Confederações de Futebol FIFA Brasil 2013; na Jornada Mundial da Juventude e na Copa do Mundo de Futebol FIFA Brasil, em 2014; e nas Olimpíadas Rio 2016, bem como na posse do Presidente Jair Bolsonaro foram bem sucedidas e resultaram em reconhecimento internacional.
Fotos:Sargento Manfrim, Cabo V. Santos/CECOMSAER
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