Fernando Azevedo prestigia inauguração de cascata de urânio em Fábrica de Combustível Nuclear

A oitava cascata de ultracentrífugas na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) foi inaugurada na sexta-feira (29), em Resende (RJ). A unidade fabril integra a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O evento contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro, do Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, do Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e dos Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, e do Exército, General de Exército Edson Leal Pujol.

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A inauguração da oitava cascata de ultracentrifugadoras faz parte da primeira fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. Esse projeto é realizado em parceria com a Marinha do Brasil, que visa à instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. A partir da entrada em operação da oitava cascata, a INB aumentará em 20% a produção de urânio enriquecido no país. Com esse incremento, será possível produzir 60% do urânio necessário para abastecer a Usina Nuclear de Angra 1.

 Previsto para ser concluído em 2021, o projeto na sua plenitude atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata, por sua vez, está com parte da estrutura pronta, aguardando a instalação da ultracentrífuga pela Marinha. A previsão é que seja inaugurada no final de 2020.

O presidente da INB, Carlos Moreira, destacou a participação do País no cenário internacional de energia nuclear. “No mundo, apenas cinco países, dentre eles o Brasil, dominam o ciclo do combustível nuclear e têm urânio em quantidade que possibilita total independência em área tecnológica tão sensível”, afirmou.

Neste ano, o governo federal investiu R$ 18 milhões no projeto das ultracentrífugas. Com o crescimento da produção, a INB economizará R$ 6 milhões, dos R$ 36 milhões anuais poupados com a produção das sete cascatas em funcionamento.

A ampliação da Usina de Enriquecimento de Urânio representa redução da necessidade da INB de comprar urânio enriquecido no exterior para a produção de combustível que abastece as usinas nucleares nacionais. De acordo com o Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, será feito um investimento de R$ 20 milhões nas próximas semanas para inaugurar a nona e a décima cascatas, a partir de 2020.

Geração de emprego e renda

“Estamos nos esforçando para que a INB, a partir de 2020, volte a produzir 150 toneladas de urânio por ano, em Caetité, na Bahia, e possa expandir essa produção para 360 toneladas, a partir de 2023, o que contribuirá para a geração de emprego e renda”, garantiu.

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, ressaltou a importância de o Brasil investir na energia nuclear. “Com planejamento, determinação e honestidade de propósito podemos produzir resultados que projetam o nosso país no cenário internacional. Estamos entre os sete detentores da maiores reservas de urânio e possuímos, no entanto, apenas um terço da capacidade prospectada”.

O Brasil faz parte do grupo de apenas 12 países que detém o conhecimento do enriquecimento de urânio, com diferentes capacidades industriais de produção. Os outros países que também conseguem enriquecer o urânio são: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.

Por Capitão-Tenente Fabrício Costa

Fotos Alexandre Manfrim

(MD ASCOM/FM)

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