Indígenas recebem com gratidão profissionais de saúde das Forças Armadas

Indígenas recebem com gratidão profissionais de saúde das Forças Armadas

Na sexta-feira (28), a equipe de Saúde das Forças Armadas foi recebida pelos indígenas da Aldeia Boa Esperança com um ritual de dança terena. Essa foi a forma encontrada pelos seus integrantes de manifestar a alegria e a gratidão pelas ações desenvolvidas na Terra Indígena Pilad Rebuá, em Miranda, Mato Grosso do Sul.

Após a apresentação, o cacique da aldeia, Édno, fez questão de agradecer a presença das Forças Armadas na comunidade, para prestarem atendimentos de saúde especializados e, também, para ajudarem no enfrentamento à Covid-19.

A Sargento da Força Aérea Ana Paula Soares, da equipe de enfermagem do Hospital Central de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, recebeu um presente em nome dos integrantes da aldeia, como mais uma demonstração de afeto e de agradecimento.

“Foi uma surpresa emocionante. Não ganhei só um colar indígena, ganhei muito mais: me senti orgulhosa, acolhida, respeitada e valorizada. É minha primeira vez em uma missão desse cunho, com indígenas, e me sinto privilegiada por levar assistência e esperança a todos eles”, disse emocionada.

O mesmo sentimento é compartilhado pelo Capitão do Exército Fabricio da Costa Guio, clínico geral, oriundo do Hospital de Guarnição de Natal, Rio Grande do Norte. “Fazemos a diferença na vida dessa população tão carente. É muito gratificante participar desse trabalho humanitário e, ainda, receber esse reconhecimento deles”, completou o oficial.

Na Aldeia Cachoeirinha, para onde também foi deslocada equipe militar de Saúde, a recepção, da mesma forma, foi a melhor possível, além de surpreendente. Logo na chegada dos militares à comunidade, um indígena entoou a canção do Exército Brasileiro na língua aruaque terena, como forma de dar as boas-vindas.

“O acolhimento, o carinho e a integração demonstrados pelos povos indígenas aos profissionais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ratificam a credibilidade e a confiança nas Forças Armadas. Essa missão representa, para todos nós, a oportunidade de uma valorosa experiência profissional, além de estreitar os laços com a comunidade indígena no contexto do apoio de saúde prestado”, destacou o Coronel Luiz Alexandre Vieira da Costa, Comandante do 9° Batalhão de Engenharia de Combate, de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, que coordena a logística da Missão Miranda.

O Comandante também ressaltou o entusiasmo e a motivação da equipe de saúde e dos militares do Batalhão para o bom cumprimento da missão: “a enorme integração com todos os entes envolvidos é motivo de realização profissional, que fortalece a convicção na grandeza da missão do Exército Brasileiro e das Forças Armadas”, destacou.

Ao final do dia de ações nas aldeias Cachoeirinha e Boa Esperança, foram contabilizados 642 atendimentos médicos e 900 procedimentos de enfermagem. Junto a essas comunidades indígenas, também foram realizados testes rápidos para Covid-19, coleta de exames preventivos, palestras sobre higiene pessoal e distribuição de medicamentos, entre outros.

Resultados
Até 28 de agosto, após quatro dias de operações, a iniciativa interministerial das Pastas da Defesa e da Saúde, sob a coordenação do Comando Conjunto Oeste, realizou 2.553 atendimentos para 1.391 pessoas nas aldeias de Miranda.

Nos dias 29 e 30 de agosto, os atendimentos prosseguirão nas aldeias de Miranda, sendo que, no dia 30, serão realizados atendimentos nas aldeias Bananal, Água Branca, Lagoinha e Ipegue, no Distrito de Taunay, em Aquidauana.

As equipes são compostas por clínicos gerais, ginecologista obstetra, infectologista, além de enfermeiros e técnicos em enfermagem. São 23 profissionais de Saúde, sendo oito do Exército, sete da Marinha e oito da Força Aérea (14 médicos e nove enfermeiros/técnicos de enfermagem), oriundos de Organizações Militares de todo o Brasil.

Por Maristella Marszalek
Fotos: Divulgação Forças Armadas

(MD ASCOM/FM)

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