Rio de Janeiro, 26/03/2015 O planejamento de segurana e defesa dos Jogos Olmpicos Rio 2016 contar com um poderoso equipamento como aliado: o laboratrio mvel de anlises qumicas e biolgicas. O aparato consiste num container adaptado, capaz de ser transportado por vias martima, terrestre e area. Nele, profissionais de defesa Nuclear, Biolgica, Qumica e Radiolgica (DefNBQR) conseguem trabalhar com presteza na identificao, a partir de amostras coletadas, de ameaas que coloquem em risco a populao.
Quem conheceuin locoo moderno equipamento foram os participantes doSexto Curso Bsico de Assistncia e Proteo em Resposta a Emergncias Qumicas para Estados Partes da Amrica Latina e Caribe. As atividades da ltima quarta-feira (25) tiveram foco na parte prtica do setor. A capacitao acontece at esta sexta (27), no Rio de Janeiro.
Estacionado no Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, no Rio, o laboratrio j foi utilizado nas cidades de Natal (RN) e Salvador (BA) durante vistorias nos estdios usados na Copa do Mundo de 2014. A ideia de que a tecnologia seja empregada em grandes eventos sediados no Brasil.
O equipamento pesa 7 toneladas sem nenhuma equipagem e sobe para 8,5 toneladas munido de combustvel e gua. Dentro dele esto instalados estufas, mesas de apoio, pia, e todo o necessrio para o funcionamento de um laboratrio. O local refrigerado e abriga at trs pessoas.
De acordo com o comandante do Centro de Defesa Nuclear, Biolgica, Qumica e Radiolgica da Marinha, capito-de-mar-e-guerra Carlos Jorge de Andrade Chaib, a tecnologia pode ser empregada diretamente em reas contaminadas. Nosso laboratrio mvel j vem com maleta de amostras, afirmou.
O oficial anunciou que no segundo semestre deste ano ser feito exerccio em conjunto com o Exrcito voltado para coleta de amostras. O evento ser sediado em Angra dos Reis, com foco em emergncia nuclear. Vai ser uma excelente oportunidade para as Foras Armadas interagirem, afirmou o comandante. Ainda segundo Chaib, tanto Marinha quanto a Fora Terrestre possuem interesse em aperfeioar o setor de amostragens.
Triagem mdica e descontaminao
Ainda na quarta (25), os integrantes do Sexto Curso presenciaram simulao de ataque com gs e primeiros socorros s vtimas. O exerccio, chamado de triagem mdica, teve o objetivo de mostrar como ocorre a classificao dos enfermos e atendimento em quatro nveis: leve (verde), grave (amarelo), gravssimo (vermelho) e morte (preto).
Num hospital montado em rea controlada, no posso esquecer-me do bito. Tenho que trabalhar com respeito a ele, explicou o cabo enfermeiro da Marinha Raphael Gomes de Souza. Para ele, o mais difcil quando ocorre situao deste tipo a chegada de recursos para os feridos e a equipe mdica.
O Comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Honduras, General Jaime Omar Silva, contou que no seu pas eles trabalham de maneira integrada. Somos um organismo conjunto, com a mesma doutrina. Bombeiros, Foras Armadas e Polcia.
O General Silva o nico representante da nao hondurenha na capacitao. Presente pela primeira vez no Brasil, elogiou a eficincia do grupo de pronta-resposta brasileiro. Vamos ampliar a experincia de vocs para nosso povo, finalizou.
Assim como o laboratrio de anlises, o setor de sade de DefNBQR possui, tambm, mobilidade para ao. Foi mostrado ambulatrio mvel equipado com talas, agulhas, soros, remdios e mantas trmicas.
Os participantes tambm assistiram demonstrao de situao de descontaminao de indivduos e veculos com reagentes biodegradveis. No ptio do Corpo de Fuzileiros Navais foi montado, ainda, tenda de descontaminao de pessoal.
Foto: Felipe Barra
(MD ASCOM/ FM)
