Rio de Janeiro, 23/07/2014 – A Marinha do Brasil celebrou o centenário de sua Força de Submarinos em solenidade realizada na última terça-feira (22), na Base Almirante Castro e Silva, na Ilha de Mocanguê, no Rio de Janeiro. O ministro da Defesa, Celso Amorim, participou da cerimônia e destacou o momento auspicioso por qual passa a Força Naval com o desenvolvimento do primeiro submarino de propulsão nuclear do país.
O comandante da Força de Submarinos, almirante Marcos Sampaio Olsen, enfatizou o poder robusto deste tipo de embarcação. “Desde o emprego em guerras, o submarino afundou mais navios do que qualquer outro meio de destruição”, disse.
E completou: “Esta secular organização militar singrou uma existência de densa e efetiva evolução na operação e manutenção de variadas classes de submersíveis e submarinos, logrou assimilar o controle das atividades de escafandria, mergulho saturado, mergulho de combate, socorro e salvamento de submarinos sinistrados e medicina hiperbárica”.
O almirante lembrou que a Força de Submarinos faz parte da estratégia de defesa do Brasil na área marítima e ressaltou a “abnegação” e o “amplo sacrifício” dos militares que trabalham nela. Durante o evento, submarinistas com mais de 16 mil horas de imersão receberam diplomas de mérito.
Na ocasião, o ministro Amorim, juntamente com o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, participou de lançamento de selo dos Correios e obliteração de carimbo, ambos alusivos ao centenário. Também foi apresentado ao público o livro comemorativo aos 100 anos da Força de Submarinos e a medalha confeccionada pela Casa da Moeda do Brasil.
Além disso, as autoridades participaram do descerramento de placa no obelisco feito em homenagem ao centenário da Força de Submarinos.
Histórico
Em 17 de julho 1914 foram incorporados três navios da classe “Foca” e criada a Flotilha de Submersíveis. Nascia, assim, a Força de Submarinos, que tem como missão exercer o controle operativo dos submarinos no mar e das atividades de mergulho da Marinha. A atual denominação veio apenas em 1963.
A Força compreende o Comando, a Base Castro e Silva, o Centro de Instrução e Adestramento almirante Átilla Monteiro Aché (CIAMA), o Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec) e os seguintes submarinos: quatro da classe “Tupi”, um “Tikuna” e um de socorro.
De acordo com o comandante Marcos Sampaio Olsen, a trajetória centenária aguarda os desafios de “absorver a preparação e a capacitação requeridas para operar o primeiro submarino com propulsão nuclear projetado e construído no Brasil, por brasileiros”.
Desde 2008, o Brasil conta com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que além do submarino a propulsão nuclear, prevê outros quatro convencionais diesel-elétrico. Para viabilizar tais tecnologias, em 2010 iniciou-se a construção do Estaleiro e da Base Naval de Submarinos, em Itaguaí (RJ).
Fotos: Tereza Sobreira
(MD ASCOM/FM)