Militares discutem cooperao em defesa no 6 encontro do grupo do IBAS

Rio de Janeiro, 17/11/2014 Cooperao nas reas de cincia, tecnologia e engenharia militar esto na pauta de discusses do 6 Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS, grupo trilateral formado por ndia, Brasil e frica do Sul. Representantes militares e civis dos trs pases estaro reunidos na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, at a prxima quarta-feira (19).

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De acordo com o diretor do Departamento de Cincia e Tecnologia Industrial do Ministrio da Defesa (MD), general Aderico Mattioli(na foto acima, de uniforme do Exrcito), o objetivo do evento encontrar pontos comuns ainda no explorados. Segundo o general, os assuntos tratados no encontro j esto em debate h alguns anos entre os trs pases.

Para o diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD, brigadeiro Jos Euclides, ndia, Brasil e frica do Sul tm nveis de desenvolvimento tecnolgico muito parecidos. Nesse sentido, destacou que alguns projetos so desenvolvidos em conjunto com as Foras Armadas dos trs pases e que a 6 reunio uma oportunidade para ampliar essas parcerias e negcios futuros.

Programa Espacial

O Programa Estratgico de Sistemas Espaciais (PESE) foi tema de uma das apresentaes do dia. Os estrangeiros conheceram a estrutura organizacional do setor. Temos cooperao com a Telebras e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE], explicou o coronel Paulo Vasconcellos, do Estado-Maior da Aeronutica.

O PESE foi criado para atender necessidades estratgicas das Foras Armadas e da sociedade brasileira. A responsabilidade pelo projeto do Ministrio da Defesa, por meio da Comisso de Coordenao e Implantao de Sistemas Espaciais (CCISE).

Uma das misses do programa prover infraestrutura espacial para ser usada no Sistema de Gerenciamento da Amaznia Azul (SISGAAZ), no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), no Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra), no Sistema de Proteo da Amaznia (Sipam), entre outros.

O coronel Vasconcellos enfatizou a importncia da iniciativa, citando como exemplo a possibilidade de incrementar a capacidade de comunicaes por satlite no meio da selva.

Gripen NG

A exposio sobre o programa FX-2, que resultou na assinatura para aquisio de 36 aeronaves suecas Gripen NG, ficou a cargo do gerente-adjunto do projeto, coronel Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues (foto abaixo). Ele destacou a enormidade do espao areo a ser controlado e defendido: 22 milhes de km. Em seguida, esmiuou os critrios adotados para a escolha pelos caas suecos.

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De acordo com o oficial, foram levados em conta cinco aspectos: operacional (performance, durabilidade), logstica (suporte a armamento e simuladores da aeronave), industrial (certificado e plano de produo), comercial (ciclo de vida, custo da aquisio) e risco (offsete contratos).

Entre as expectativas com o projeto, a palestra trouxe tpicos como participao nas exportaes, crescimento das companhias brasileiras do setor ao longo do programa e possibilidade de desenvolvimento de aeronaves construdas por engenheiros brasileiros e suecos.

KC-390

Sobre os cargueiros KC-390 maiores j produzidos no Brasil , o gerente-adjunto do projeto KC, tenente-coronel Carlos Eduardo de Almeida Coelho, mostrou algumas especificidades do contrato e as fases do programa.

Atualmente, a iniciativa encontra-se na etapa de detalhamento dodesign. A previso que a entrega das primeiras unidades acontea em 2016.

Coelho mostrou aos participantes as principais vantagens deste tipo de avio, que foi desenvolvido para operar em cenrios robustos, tem flexibilidade na capacidade de tropa a bordo, ajustvel para variadas misses, possui proteo balstica e equipamento que reduz a vibrao e o barulho na cabine e comporta mais tempo de voo, alm de demandar menos manuteno.

Neste ano, em outubro, a Fora Area Brasileira realizou a apresentao oficial do prottipo do KC-390, em cerimnia realizada na fbrica da Embraer, em Gavio Peixoto (SP). O KC-390 vai redefinir as capacidades de transporte areo e recursos para a Aeronutica brasileira, salientou o tenente-coronel Coelho.

frica do Sul

Na tarde desta segunda-feira (17), representantes da comitiva da frica do Sul expuseram algumas determinaes definidas na ltima reunio da equipe.

Eles defenderam a sinergia na exportao de suas capacidades e algumas ideias de reas para atuar com as demais naes, como o Rdio Definido porsoftware(SDR na sigla em ingls), guerra eletrnica e ciberntica e sistemas de vigilncia

Fotos: Felipe Barra

(MD ASCOM/ FM)

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