Brasília, 16/09/2015 – Os 282 atletas militares brasileiros que irão representar o país nos 6º Jogos Mundiais Militares (JMM), na República da Coreia, estão em contagem regressiva para o embarque. A lista com ajustes finais da delegação brasileira foi publicada pelo Ministério da Defesa no Diário Oficial da quarta-feira (16). Os nomes de todos os militares que disputarão os Jogos podem ser vistos aqui.
No dia 30 de setembro será dado o ponta pé inicial na primeira competição dos JMM – o futebol – na cidade de Mungyeong. A cerimônia de abertura do terceiro maior evento esportivo mundial acontecerá no dia 02 de outubro e as competições seguem até o dia 11.
Sob a coordenação do Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM, sigla em francês de Conseil International du Sport Militaire), a sexta edição do mundial terá a participação de 110 países com cerca de sete mil atletas militares. As oito cidades que sediarão as competições são Mungyeong, Pohang, Kimcheon, Yeongju, Andong, Sangju, Yecheon e Yeongcheon.
Esses Jogos são considerados de extrema relevância para as Forças Armadas brasileiras e servem como apoio ao esporte nacional, visando à preparação dos atletas que também irão aos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Os sargentos do Exército medalhistas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Charles Chibana, judô, e Leonardo de Deus, natação, são alguns dos nomes que irão representar o Brasil na Coreia. “O Mundial Militar é muito importante pelo nível da competição. Se você for colocar a maioria dos atletas campeões mundiais da Rússia vão estar presente porque eles são militares. Então, faltando um ano para Olímpiada, eu acho que quanto mais a gente competir em alto rendimento, melhor vai ser”, conta Léo de Deus.
O nadador é um dos 708 integrantes do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa. “O Programa tem todo o staff na Comissão de Desportos do Exército (CDE), na Urca (RJ), onde eles disponibilizam tudo o que o atleta precisa”, destaca o sargento.
Os desportistas que integram o PAAR têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento. Os atletas também são beneficiados pelas bolsas Pódio e das categorias Olímpica, Internacional e Nacional do Ministério do Esporte.
Disputa
Na República do Coreia, os 282 atletas militares brasileiros irão disputar as 24 modalidades que integram a competição: atletismo, boxe, basquete, ciclismo, futebol, golfe, handebol, judô, maratona, pentatlo moderno, natação, triatlo, vôlei, lutas associadas, taekwondo, tiro com arco, esgrima, vela, tiro esportivo, pentatlo naval, pentatlo militar, pentatlo aeronáutico, orientação e paraquedismo.
Serão 175 homens e 107 mulheres das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) e Polícia Militar. A grande novidade é que quatro paratletas também irão fazer parte da delegação brasileira, disputando as competições de tiro com arco e atletismo.
O soldado da Polícia Militar de São Paulo, André Rocha, medalha de prata nos jogos Parapan-americanos de Toronto, irá representar o país no atletismo, com arremesso de peso. “Estou extremamente feliz, motivado e pronto para essa missão. Tenho adquirido grande experiência nas competições nacionais e internacionais que disputei e, espero contribuir para que o Brasil se firme como potência esportiva também em âmbito militar”, disse o PM.
Para o sargento do Exército Juan Feindt, que já participou de várias competições internacionais e entrará na briga por medalha nas provas de tiro com arco, “nada se compara a defender as cores da nossa bandeira, sendo convocado por uma instituição que a cada momento mostra que sabe se adaptar, sem esquecer seus valores, seus heróis e principalmente seus deveres, as Forças Armadas Brasileiras”.
O militar se diz confiante, pois acredita na equipe que disputará os 6º Jogos Mundiais Militares. “Nesta missão tenho como objetivo pessoal, participar da primeira delegação de paratletas militares da história. A honra transborda em meu peito, contudo, a responsabilidade vem em primeiro plano. Uso a preparação, melhor ferramenta, moldada ao longo dos anos como paratleta, como o caminho mais curto para a aproximação deste objetivo. Sinto-me confiante”, conclui Juan.
(MD ASCOM/ FM)