Em meio s restries oramentrias que a crise econmica e poltica mergulharam o pas, o programa de submarinos brasileiro segue avanando.
A ADESG-RJ teve a oportunidade de visitar as instalaes da UFEM Unidade de Fabricao de Estruturas Metlicas, onde esto sendo construdos os submarinos convencionais S-BR e nuclear SN-BR, frutos de uma parceira com a Frana. Embora o nmero de trabalhadores no projeto tenha sido reduzido de 5.400 para cerca de 1.200 contratados, esto em curso trs submarinos convencionais S-BR e um nuclear SN-BR deve comear em 2017, alm das obras de infraestrutura dos dois estaleiros e do shiplift, o elevador para lanamento e iamento de submarinos.
A comitiva tambm vistou a rea sul do complexo, onde esto sendo construdas a base naval e os estaleiros de manuteno. O aspecto estratgico da construo de duas unidades de manuteno coloca o Brasil em posio de superioridade em relao a pases europeus que, em sua grande maioria, s tem apenas um dique. Tendo iniciado seus programas nucleares de aplicao militar h pelo menos 40 anos, os pases europeus no dispe hoje de espao fsico para expanso de suas bases j existentes e os poucos locais disponveis esto sujeitos a clusulas ambientais que praticamente inviabilizam uma nova construo. A Base Naval de Submarinos (EBN) de Itagua se configura como uma janela de oportunidade estratgica que o Brasil no pode desprezar. uma obra para cem anos, afirma o CMG (RM1) Lindgren, que recepcionou a comitiva da ADESG-RJ.
Durante a visita, os estagirios do XLII CEPE, tiveram a oportunidade de assistir a uma apresentao sobre o projeto S-BR/SN-BR e participar de um debate. Entre as perguntas, a questo do comissionamento pela AIEA foi ponto de destaque: a base ser a nica instalao militar no mundo que abrir as portas para aquela agncia internacional. o compromisso brasileiro de utilizao pacfica da energia nuclear que nos concede esse destaque, afirmou um dos estagirios presentes.
Por Carlos S Earp
(ADESG-RJ/ FM)