O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, concedeu entrevista, na quinta-feira (25), para o programa CB Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. O chefe da Pasta frisou o empenho das Forças Armadas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no país e destacou: “Quem está preparado para a guerra não pode fugir dela. Nós estamos enfrentando uma guerra. Tomamos todos os cuidados em nossas atividades, mas a nossa missão não parou”, ressaltou.
O apoio ao Governo Federal e à população no combate ao novo coronavírus ocorre por meio da Operação Covid-19. A força-tarefa completou um ano de atuação ininterrupta, no último dia 20 de março, com o emprego diário de cerca de 30 mil militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Nesse momento, o foco está voltado para a vacinação em todo o país.
Durante a entrevista, o jornalista Vicente Nunes questionou sobre o apoio militar no processo de imunização. O Ministro destacou que o auxílio ocorre desde o início da vacinação, com a distribuição das doses, inclusive, em áreas remotas, onde o acesso só é possível por meio das Forças Armadas. E mencionou que foi determinada a ampliação desse apoio após reunião, desta quarta-feira (24), entre o Presidente da República e os chefes dos Poderes.
“Vamos seguir a orientação do Ministério da Saúde, dos governos estaduais e municipais. Os militares do Exército, no Rio Grande do Sul, já estão ajudando na aplicação da vacina nos postos de saúde e isso deve ser estendido para o Brasil inteiro”, afirmou.
Ao falar sobre a segunda onda de Covid-19 no país, o Ministro Azevedo lembrou que o agravamento da crise teve início no estado do Amazonas. Em 8 de janeiro, o governo estadual solicitou assistência militar, tendo recebido resposta de imediato através do transporte de oxigênio de Belém, no Pará, para Manaus.
“Tenho participado dos esforços que o Governo tem feito em relação à Covid-19. E nós, com ajuda das Forças Armadas, salvamos muitas vidas. Como Ministro da Defesa, eu estou muito orgulhoso do trabalho da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Enquanto for necessário, estaremos à frente dessa luta”, reforçou.
Verde Brasil 2
A participação militar para a defesa dos interesses nacionais também se insere no contexto da proteção da Amazônia Legal. Durante a entrevista, o Ministro da Defesa mencionou as operações Verde Brasil 1 e 2, as duas de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), focadas no combate aos ilícitos ambientais e ao desmatamento.
“O decreto presidencial prevê plenos poderes às Forças Armadas para fiscalizar e atuar no que a gente chama de operação interagências, junto com os órgãos ambientais, junto com a Polícia Federal.”
Ele destaca que as Forças Armadas já contribuíram em 142 operações de GLO, mas que a Operação Verde Brasil 2, na qual os militares vêm atuando há quase um ano, foi fundamental para que os órgãos ambientais se estruturassem para assumir a missão na região. “A partir de primeiro de maio, vamos continuar no suporte logístico, mas sem o respaldo de uma operação de garantia da lei e da ordem”, esclareceu.
Os resultados da fiscalização são perceptíveis graças ao trabalho do Centro de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa. “No Censipam, foi criado o Gipam, que é um Grupo Interministerial de Proteção à Amazônia. A partir do monitoramento por radar e satélites, são feitos relatórios de onde há necessidade de atuação local. E isso tem funcionado muito bem sob a coordenação do Conselho da Amazônia, liderado pelo Vice-Presidente General Mourão”, reconhece.
Sobre a imagem ambiental do Brasil no exterior, o Ministro enfatiza: “Nós temos a maior floresta tropical úmida do mundo, graças aos brasileiros, que a preservaram”, destacou.
Por Viviane Oliveira
Fotos: Alexandre Manfrim e Divulgação/MD
(MD ASCOM/FM)