Nesta segunda-feira, 27, serão iniciados os testes do projeto de atendimento médico por videoconferência para atender populações indígenas do Alto Rio Negro, além dos militares do 1º Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro e de seus familiares, que vivem no distrito de Iauaretê, no interior do estado do Amazonas, região Norte do País.
Fruto de uma parceria entre os Ministérios da Defesa e da Saúde, o projeto tem como objetivo diminuir o tempo de espera de consultas, possibilitando o acesso rápido às diversas especialidades de saúde.
A coordenação do Projeto Piloto de Telemedicina é realizada pelo Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF), em conjunto com o Hospital Israelita Albert Einsten, em São Paulo (SP). Médicos atenderão a distância pacientes indígenas que necessitam de atendimento especializado nas áreas de psiquiatria, reumatologia, cardiologia, ortopedia, neurologia pediátrica, cirurgia geral, urologia, neurologia e pneumologia.
Para o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, esse é o início de um projeto grandioso, apoiado por dois hospitais de referência, na medida em que utiliza uma ferramenta que vai ajudar os militares e as comunidades indígenas que estão distantes dos grandes centros, em regiões inóspitas do País.
“Se tudo der certo, poderemos apoiar a população, tanto nessa fase de pandemia da COVID-19 como, também, deixar um legado para que, no futuro, possamos levar essa tecnologia para outras localidades e oferecer uma assistência mais especializada para o nosso povo”, assegurou.
Os atendimentos serão realizados no 1º Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, no distrito de Iauaretê (AM), e no Hospital de Guarnição de São de Gabriel da Cachoeira (AM). Nesses locais, a população indígena ou não, poderá consultar, durante esta semana, os especialistas de Brasília e de São Paulo, por videoconferência. Dessa forma, são evitados os deslocamentos para os centros urbanos.
Para os testes do projeto piloto, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, por meio da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI) do Distrito, realizou a triagem daqueles indígenas que necessitam de consultas especializadas.
O DSEI Alto Rio Negro leva atendimento de saúde a mais de 28 mil indígenas no Estado do Amazonas.
O Secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI), Robson Santos da Silva, destacou a importância de mais essa missão interministerial para o Brasil e para a saúde indígena. “Nossa equipe embarcou em direção ao Alto Rio Negro, onde serão realizados os testes para a implantação da telemedicina. Nesse momento de pandemia e futuramente, a população que lá reside poderá ser atendida por especialistas de altíssima qualidade”, declarou.
Por Maristella Marszalek
Fotos: Divulgação Operação Covid-19
(MD ASCOM/FM)