A Prefeitura de Aeronáutica de Guaratinguetá (PAGW) proporciona aos militares da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR) e demais organizações sediadas residência sustentável na Vila Coronel Bento Ribeiro. São 21 unidades dos Próprios Nacionais Residenciais (PNR’s) construídas há mais de 50 anos e que passam por reformas a fim de se padronizarem ao conceito de desenvolvimento ambientalmente sustentável. Atualmente, 17 casas seguem o padrão de Vila Residencial Sustentável e, para 2020, outras quatro passarão por reforma.
O formato das residências está alinhado com o documento produzido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). O objetivo está em promover uma gestão baseada nas três grandes dimensões do desenvolvimento sustentável, que contemplam o crescimento econômico, que garante a viabilidade no processo; a equidade social, que insere a sociedade com trabalho adequado e consciente; e, ainda, o equilíbrio ecológico, que atua na preservação do meio ambiente com ações efetivas.
Vila Residencial Sustentável
A partir da reforma, os imóveis passam a ter captação e reuso de água, aquecimento solar, sensor de iluminação e direcionamento de lâmpadas, redimensionamento elétrico e reutilização de materiais de construção. Outras novidades são as caixas acopladas econômicas nas descargas, além da instalação de estações compactas de tratamento de esgoto domiciliar, dotada de reator e filtro anaeróbico, resultando em um efluente não agressivo ao meio ambiente.
O Prefeito de Aeronáutica de Guaratinguetá, Tenente-Coronel Intendente Moisés Gomes da Motta, ressalta que a implantação dos critérios de sustentabilidade implica em economias significativas para os permissionários, bem como de custos para a administração pública. “Se comparar o tratamento de esgoto que foi implantado, no formato convencional o investimento é de R$ 2.420,00, com vida útil de 20 anos para manutenção, com o biodigestor, o valor é de R$ 2.200,00, com vida útil de 100 anos. A diferença chega a R$ 220,00 de economia neste item, além do esgoto sair com 85% de tratamento”, compara.
Com a implantação do projeto, que contou com o apoio técnico de engenheiros da Comissão de Implantação do Sistema do Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), a missão da Força Aérea coopera com o desenvolvimento nacional nos campos social, econômico e de pesquisa, bem como fomenta o estímulo à indústria nacional. E, ainda, se enquadra nos critérios de sustentabilidade definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que consiste na racionalização do uso dos recursos naturais, através da preservação ambiental. “A reforma dos imóveis comprovou a adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade da implantação de uma vila sustentável sob a administração da Prefeitura de Aeronáutica de Guaratinguetá, uma vez que está de acordo com as legislações em vigor e prevê intervenções exequíveis a custos compatíveis com obras de mesma natureza. Esse projeto visa não somente incrementar a adoção dos critérios de sustentabilidade ou fomentar a indústria nacional sustentável, mas também mostrar a responsabilidade ambiental da Força Aérea Brasileira”, ressalta.
Planejamento para 2020
Para este ano, a Prefeitura de Aeronáutica de Guaratinguetá fará a reforma em mais quatro casas, finalizando assim a implantação total da Vila Residencial Sustentável para cabos e taifeiros. De acordo com o prefeito, são quatro unidades que estão em fase de planejamento com levantamento de custos e, posteriormente, encaminhamentos para licitação. “A primeira casa foi reformada em 2012, quando o projeto foi iniciado pelo então Prefeito Coronel Intendente Darly Vieira. Outras cinco foram finalizadas em 2018 e, em 2019, foram feitas 12 unidades”, salienta.
O projeto desenvolvido pela PAGW é pioneiro dentro da Força Aérea Brasileira e foi apresentado com intuito de mostrar a viabilidade técnica e econômica. “No encontro de Prefeitos de 2019, debatemos a sustentabilidade e apresentamos o projeto, que foi muito bem comentado entre os demais prefeitos e alguns já buscaram mais informações para desenvolverem e implantarem modelo semelhante ao da PAGW em suas unidades”, finaliza.
Foto: Capitão Diego Ladeira / EEAR
(CECOMSAER/FM)